vendredi 11 juillet 2008

Alexandre in Cambridge






Alexandre tem entre dois e três anos. É uma criança feliz, extenuante de energia e de felicidade. Sempre disposto a uma brincadeira, a um disparate, a practical joke.

Este foi um dia de passeio até Cambridge. Estamos sentados na relva very British do campus com imensos estudantes à nossa volta. Não é a língua inglesa a que se ouve mais. Há muitos estrangeiros. Cambrige tornou-se tão cosmopolita quanto Londres.

Alexandre recusava-se inteiramente a falar inglês nesta idade. A todas as perguntas do Michael ele respondia no seu francês incipiente como se quisesse dizer " eu não tenho de falar a tua língua, já tenho problemas que cheguem tentando falar a minha".

Eu gosto do riso malicioso, dos cabelos de oiro, do movimento de quem vai tentar escapar correndo : "Tu ne n'auras pas, tu ne m'auras pas". You won't catch me.


samedi 31 mai 2008

E o seu contrário...







Youth. Beauty. Well-being. Satisfaction. I am here, I enjoy, I am who I am and I like it. I am confident. I know I'll get there, somehow. It's an happiness image. I'm smiling and felling the earth I'm laying on. I know that the sky is above me. Protecting me. I feel as well as I can possible feel at this moment. I am sensual in the way I offer my body to the look of those who watch this picture. I'm growing and I like it.




A Insustentável Leveza do Peso


É um caminho longo e árduo, aquele que leva à maturidade e a um pouco de sageza. Muitas perguntas sem respostas ou respostas procuradas nesta atitude de quem sente um peso enorme sobre o corpo todo. A mão levada à fronte, como para melhor sustentar a dúvida, o corpo sem rosto, de costas para aquele que observa a fotografia. E a janela sufocada de lágrimas e suor.

Fotografia a preto e branco. Nem poderia ser de outra maneira. Há uma parte obscura no lado esquerdo da janela, o lado que ainda não se ofereceu em paisagem ou idílio, a parte direita deixa entrar a luz do dia de chuva. Positivo e negativo.

Este pequeno corpo de mulher-criança, que se oferece ele mesmo à objectiva e que desnuda não só uma preocupação mas a gravidade de uma reflexão pesada, demasiado.

Mas não é, não poder ser só, uma fotografia de um definitivo desespero. É uma imagem fortíssima de um caminhar longo e árduo, como já se disse.



samedi 26 avril 2008

Impressions









Bouche cousue. Je ne parlerais pas. Je ne dirais pas. Je me tairais à jamais. Je suis sans parole. Muette, Maina Mendes?
Ma fille est belle, ceci est un auto-portrait. Pas de maquillage même si on peut penser que si. Mais Sarah ne se maquille jamais. Sarah ne parle pas, elle n'aime pas les grands bavardages, les gestes grandiloquents. Elle n'est pas loquace. Sarah cache derrière une bouche qu'on devine boudeuse, ces interrogations d'adolescente.
Perplexes les yeux qui disent beaucoup plus que sa bouche interdite. Une réflexion profonde, une perplexité, une infinie tristesse.
Ma fille grandit, on voit une petite femme, irrésistible, des yeux azur qui promettent de nous faire voir beaucoup d'autres images. Prends ta camera et vas loin avec tes yeux même si ta bouche reste muette.
Chapeau bas!